Explorando a abordagem dialógica da etnomodelagem: traduzindo conhecimentos matemáticos local e global em uma perspectiva sociocultural
Palabras clave:
Etnomodelagem, Etnomatemática, Modelagem matemática, Abordagens êmica e ética, Abordagem dialógica.Resumen
A utilização das noções, procedimentos e práticas encontradas fora da escola pode ser considerada no desenvolvimento do processo de modelagem, mas não somente como uma mera manipulação das ideias e noções matemáticas. A aplicação do conhecimento etnomatemático juntamente com as ferramentas da modelagem permite-nos perceber diferentes realidades por meio de uma visão holística do conhecimento matemático. Nessa perspectiva, a abordagem pedagógica que conecta os aspectos culturais da matemática com seus aspectos acadêmicos é denominada etnomodelagem, que é um processo de tradução e elaboração de problemas e questões retiradas de sistemas que constituem parte da realidade dos membros de um determinado grupo cultural. Neste artigo é oferecida uma abordagem alternativa para a pesquisa em Educação Matemática, que é a aquisição de conhecimentos local (abordagem êmica) e global (abordagem ética) para a implementação das pesquisas em etnomodelagem. Oferece-se também uma terceira abordagem para as pesquisas em etnomodelagem, denominada de dialógica, que utiliza ambas as abordagens êmica e ética. Finalmente, define-se a etnomodelagem como sendo o estudo de fenômenos matemáticos que ocorrem uma determinada cultura, pois é um construto social e culturalmente enraizado.
Descargas
Citas
Albanese, V. (2015a). Desarollo de uma tesis doctoral em etnomatemática: construcción de uma investigación emergente. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 8(2), 381-397.
Albanese, V. (2015b). Etnomatemática de una artesanía argentina: identificando etnomodelos de trenzado. BOLEMA, 29(52), 493-507.
Albanese, V.; Perales, F. J. (2014). Pensar matematicamente: uma visión etnomatemática de la práctica artesanal soguera. RELIME, 17(3), 261-188.
Araújo, J. L. (2009). Uma abordagem sócio-crítica da modelagem matemática: a perspectiva da educação matemática crítica. Alexandria, 2(2), 55-68.
Babbitt, B., Lyles, D., & Eglash, R. (2012). From ethnomathematics to ethnocomputing: indigenous algorithms in traditional context and contemporary simulation. In S. Mukhopadhyay; W. M. Roth (Eds.), Alternative forms of knowing in mathematics: celebrations of diversity of mathematical practices (pp. 205-220). Rotterdam, The Netherlands: Sense Publishers.
Barbosa, J. C. (2003). Modelagem matemática em sala de aula. Perspectiva, 27, 65-74.
Bassanezi, R. C. (2002). Ensino-aprendizagem com modelagem matemática. São Paulo, SP: Editora Contexto.
Berry, J. W. (1999). Emics and etics: a symbiotic conception. Culture & Psychology, 5, 165-171.
Burns, E., & Bouchard, S. (2003). Underground railroad: sampler. San Marcos, CA: Quilt in a Day.
Caldeira, A. D. (1992). Uma proposta pedagógica em etnomatemática na zona rural da fazenda Angélica em Rio Claro. Dissertação de mestrado. Rio Claro, SP: UNESP.
Canedo Jr., N. R.; Kistemann Jr., M. A. (2014). O movimento de pesquisas em modelagem matemática em Minas Gerais – Brasil. REVEMAT, 9(Edição Especial), 100-123.
Cortes, D. P. O. (2017). Re-significando os conceitos de função: um estudo misto para entender as contribuições da abordagem dialógica da etnomodelagem. Dissertação de Mestrado. Departamento de Educação Matemática. Ouro Preto, MG: Universidade Federal de Ouro Preto.
D’Ambrosio, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo, SP: Editora Ática.
D’Ambrosio, U. (1993). Etnomatemática: um programa. A Educação Matemática em Revista, 1(1), 5-11.
D’Ambrosio, U. (1999). Literacy, matheracy, and technoracy: a trivium for today. Mathematical Thinking and Learning, 1(2), 131-153.
D’Ambrosio, U. (2000). Etnomatemática e modelagem. In Domite, M. C. (Ed.). Anais do Primeiro Congresso Brasileiro de Etnomatemática – CBEm-1 (pp. 142). São Paulo, SP: FE-USP.
D’Ambrosio, U. Prefácio (2017a). In Rosa, M., & Orey, D. C. Etnomodelagem: a arte de traduzir práticas matemática locais (pp. 13-16). São Paulo, SP: Editora Livraria da Física.
D’Ambrosio, U. (2017b). Uma dúvida… sobre etnomatemática. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por email em 20 de Agosto de 2017.
D’Olne Campos, M. D. (2002). Etnociência ou etnografia de saberes, técnicas e práticas? In Amorozo, M. C. M. (Org.). Métodos de coleta e análise de dados em etnobiologia, etnoecologia e disciplinas correlatas (pp. 47-92). Rio Claro, SP: UNESP.
Eglash, R. (2002). African fractals: modern computing and indigenous design. New Brunswick, NJ: Rutgers University Press.
Eglash, R., Bennett, A., O’Donnell, C., Jennings, S., & Cintorino, M. (2006). Culturally situated designed tools: ethnocomputing from field site to classroom. American Anthropologist, 108(2), 347-362.
Ferreira, E. S. (1997). Etnomatemática: uma proposta metodológica. Rio de Janeiro, RJ: MEM/USU.
Gavarrete, M. E. (2015). Etnomatemáticas indígenas y formación docente: uma experiencia em Costa Rica a través del modelo MOCEMEI. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 8(2), 136-176.
Harris, M. (1980). The epistemology of cultural materialism. In Harris, M. Cultural materialism: the struggle for a science of culture (pp. 29-45). New York, NY: Random House.
Klüber, T. E. (2007). Modelagem matemática e etnomatemática no contexto da educação matemática: aspectos filosóficos e epistemológicos. Dissertação de mestrado. Ponta Grossa, PR: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Klüber, T. E., & Burak, D. (2014). Uma metacompreensão da modelagem e da etnomatemática na educação matemática. Currículo sem Fronteiras, 14(1), 260-278.
Knijnik, G. (1993). O saber popular e o saber acadêmico na luta pela terra. A Educação Matemática em Revista, 1(1), 28-42.
Knijnik, G. (1996). Exclusão e resistência: educação matemática e legitimidade cultural. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
Lachney, M., Bennett, A., Appiah, J., & Eglash, R. (2016). Modeling in ethnocomputing: replacing bi-directional flows with recursive emergence. RIPEM, 6(1), 219-243.
Orey, D. C. (2000). The ethnomathematics of Sioux tipi and cone. In Selin, H. (Ed.). Mathematics across cultures: the history of non-western mathematics (pp. 239-253). Norwell, Netherlands: Kluwer Academic Publishers.
Owens, K. (2015). Visuospatial reasoning: an ecocultural perspective for space, geometry and measurement education. Dordrecht, The Netherlands: Springer.
Pike, K. L. (1954) Emic and etic standpoints for the description of behavior. Glendale, IL: Summer Institute of Linguistics.
Rosa, M. (2000). From reality to mathematical modeling: a proposal for using ethnomathematical knowledge. Dissertação (Mestrado em Educação). College of Education. California State University, Sacramento, CA: CSUS.
Rosa, M. (2010). A mixed-methods study to understand the perceptions of high-school leaders about English language learners (ELL): the case of mathematics. Tese (Doutorado em Educação). College of Education. California State University, Sacramento, CA: CSUS.
Rosa, M., & Orey, D. C. Vinho e queijo: etnomatemática e modelagem! BOLEMA, v. 16, n. 20, p. 1-16, 2003.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2006). Abordagens atuais do programa etnomatemática: delineando um caminho para a ação pedagógica. BOLEMA, 19(26), 19-48.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2007). Cultural assertions and challenges towards pedagogical action of an ethnomathematics program. For the Learning of Mathematics, 27(1), 10-16.
Rosa, M., & Orey, D. (2009). Symmetrical freedom quilts: the ethnomathematics of ways of communication, liberation, and art. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 2(2), 52-75.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2010a) Ethnomodeling: a pedagogical action for uncovering ethnomathematical practices. Journal of Mathematical Modelling and Application, 1(3), 58-67.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2010b). Ethnomodeling as a pedagogical tool for the ethnomathematics program. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, v. 3, n. 2, p. 14-23, 2010b.
Rosa, M.; Orey, D. C. (2012). O campo de pesquisa em etnomodelagem: as abordagens êmica, ética e dialética. Educação e Pesquisa, 38(4), 865-879.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2013a). Ethnomodelling as a methodology for ethnomathematics. In Stillman, G. A., & Brown, J. (Orgs.). Teaching mathematical modelling: connecting to research and practice (pp. 77-88). Dordrecht, The Netherlands: Springer Science+Business Media Dordrecht.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2013b). Ethnomodelling as a research lens on ethnomathematics and modelling. In Stillman, G. A., & Brown, J. (Orgs.). Teaching mathematical modelling: connecting to research and practice (pp. 117-127). Dordrecht, The Netherlands: Springer Science+Business Media Dordrecht.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2013c). Ethnomodeling as a research theoretical framework on ethnomathematics and mathematical modeling. Journal of Urban Mathematics Education, 6(2), 62-80.
Rosa, M., & Orey, D. C. (2017). Etnomodelagem: a arte de traduzir práticas matemática locais. São Paulo, SP: Editora Livraria da Física.
Scandiuzzi, P. P., & Miranda, N. (2000). Resolução de problema matemático através da etnomatemática. In: Domite, M. C. S. (Ed.). Anais do primeiro congresso brasileiro de etnomatemática - CBEm1 (pp. 251-254). São Paulo: FE-USP.
Shockey, T., & Mitchell, J. B. (2016). An ethnomodel of a traditional Penobscot summer dwelling. RIPEM, 6(1), 178-195.
Wilson, S. S. (2002). The secret quilt code. Traditional Quiltworks, 79, 6–9.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor
Una vez que el artículo es aceptado por la Revista Latinoamericana de Etnomatemática, los/as autores ceden los derechos para publicar y distribuir el texto electrónicamente, así como para archivarlo y hacerlo accesible en línea.
Los autores podrán distribuir su propio material sin solicitar permiso a la Revista Latinoamericana de Etnomatemática, siempre que se mencione que la versión original se encuentra en http://www.revista.etnomatematica.org
Copyright © 2008, Revista Latinoamericana de Etnomatemática
Todos los contenidos de la Revista Latinoamericana de Etnomatemática se publican bajo la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional y pueden ser usados gratuitamente dando los créditos a los autores y a la Revista, como lo establece esta licencia.