Descrições em Etnomatemática: descrevendo "a matemática de uma prática" ou "uma prática matematicamente"?
Palavras-chave:
Prática em etnomatemática, Descrição, Cultura, Interrogação mútua, Ethnomathematics practice, Description, Culture, Mutual InterrogationResumo
Resumo
Este artigo visa discutir o significado da descrição de uma prática em Etnomatemática. Para isso, incialmente, buscamos desvelar o que é uma descrição a partir de uma discussão estabelecida por Ostrower (1983) sobre diferentes perspectivas da relação entre um pintor e sua pintura. Em seguida, tomamos uma concepção de descrição que não separa descritor da prática que é descrita. Nesse rastro, apontamos qual seria o papel e as metas do pesquisador em Etnomatemática nessa visão, bem como um caminho metodológico coerente com essa perspectiva, no caso, a metodologia de Interrogação Mútua de Alangui (2006).
Abstract
This paper aims to discuss the meaning of the description of a practice within Ethnomathematics. For that, we start revealing what a description is by using a discussion by Ostrower (1983) on different perspectives about the relation between a painter and his painting. In sequence, we take into consideration a conception of description that does not separate describer from a described practice. Within this idea, we point out what the Ethnomathematics researcher’s role within this vision would be, as well as a methodological path based on Alangui’s Mutual Interrogation methodology (2006).
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