Trilho da Ciência: Um percurso de Educação Científica na ilha do Príncipe

Autores/as

  • Joana Latas HBD – Tourism Investments
  • Ana Rodrigues Universidade de Aveiro & CIDTFF

Palabras clave:

Ambientes/contextos formais e não-formais, Educação científica, Interdisciplinaridade, Cultura e Matemática, Formal and non-formal contexts, Scientific Education, Interdisciplinary, Culture and Mathematics

Resumen

Resumo

Enquadrado numa visão integradora de contextos de educação formal e não-formal, foi conceptualizado, implementado e avaliado um percurso de educação científica na ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe - Trilho da Ciência (TC).O Trilho da Ciência proporciona o contacto com a natureza e pressupõe a exploração de conteúdos científicos integrados no contexto histórico e cultural principense. Aliás, os contextos culturais apresentam potencialidades multidisciplinares que, quando reconhecidos e legitimados, potenciam uma visão holística da Ciência (Gerdes, 2007). Em particular, alguns destes contextos culturais e históricos revelaram-se potenciadores para criar pontes com conceitos matemáticos, explicitando-se assim relações entre Cultura e Matemática. A conceção deste percurso esteve a cargo de uma equipa multidisciplinar de professores da Escola Secundária do Príncipe e a implementação dirigiu-se, essencialmente, a alunos do Ensino Secundário. A avaliação do Trilho da Ciência, nomeadamente, o seu impacte nos participantes, tendo por base a análise dos dados obtidos através de questionários aos participantes e da compilação documental, aponta para a continuidade desta iniciativa e para o reconhecimento de potencialidades educativas no mesmo.

Abstract

Framed in an integrated vision of formal and non-formal educational contexts, the pathway of scientific education in Príncipe Island - Science Trail, was conceptualized, implemented and assessed. Science Trail provides contact with nature and assumes the exploration of scientific contents, integrated in a historical and cultural Principean context. Moreover, cultural contexts have multidisciplinary potentialities which, when recognized and legitimated, enhance a holistic view of science (Gerdes, 2007).In particular, some of those cultural and historical contexts proved to be facilitators in the process of building bridges with mathematical concepts, enhancing connections between culture and mathematics. The drawing up of this trail was the responsibility of a multidisciplinary team of Principe’s High school teachers and its implementation targeted mainly high school students. The evaluation of the Science Trail, namely its impact on participants, based on data gathered through questionnaires and document compilation, points to the continuity of this initiative and to the recognition of its educational potentialities.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Joana Latas, HBD – Tourism Investments

HBD – Tourism Investments, Príncipe, São Tomé e Príncipe.

 

Ana Rodrigues, Universidade de Aveiro & CIDTFF

Universidade de Aveiro & CIDTFF, Aveiro, Portugal

Citas

Ascher, M. (2002). Mathematics elsewhere. An exploration across cultures. New Jersey: Princeton University Press.

Bishop, A. J. (1997). Educating the mathematical enculturators. (Comunicação apresentada em ICMI China Regional Conference, Shanghai, China, Agosto 1994). Papua New Guinea Journal of Teacher Education. 4(2), 17-20.

Bishop, A. (1997a). Mathematical enculturation – a cultural perspective on Mathematics Education. 3.ª ed. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers.

Bishop, A. (2005). Aproximación sociocultural a la educación matemática. Colombia: Universidad del Valle.

Boaler, J. (1993). The role of contexts in the mathematics classroom: do they make mathematics more “real”?. For the Learning of Mathematics, 13(2), 12-17.

D’Ambrósio (2001). Etnomatemática: Elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica.

Devlin, K. (2002). Matemática, a Ciência dos Padrões. Porto: Porto Editora.

English, L., Humble, S. & Barnes, V. (2010). Trailblazers. Teaching Children Mathematics, 16(7), 402-409.

Faria, C., & Chagas, I. (2012). School-visit to a science center: students interation with exhibits and the relevance of teachers’. Revista Electrónica de Enseñanza de Las Ciencias, 11(3), 582–594.

Gerdes, P. (1992). Sobre o despertar do pensamento geométrico. Curitiba: Universidade Federal de Panamá.

Gerdes, P. (2007). Etnomatemática - Reflexões sobre a diversidade cultural. Ribeirão: Edições Húmus.

Gilbert, J. K. (2013). Science education through contexts: is it worth the effort? In Mike Watts (Ed.). Debates in Science Education - Chapter 2 (pp 145-15). New York: Routledge.

Latas, J. (2011). O reconhecimento e a exploração da Matemática cultural: uma abordagem etnomatemática com alunos do 7.º ano de escolaridade. Tese de Mestrado. Universidade de Évora.

Latas, J., Cardoso, L, Gafeira, R. (2013). O Sol eclipsado. Educação & Matemática, 125, 58-59.

Lopes, P. (2013). Gabinete de gestão da reserva da biosfera do Príncipe: relatório. Santo António: Reserva mundial da biosfera da ilha do Príncipe. (documento não publicado).

Moreira, D. (2002). Educação Matemática, comunidades e mudança social. Em D. Moreira, C. Lopes, I. Oliveira, J. M. Matos & L. Vicente, Matemática e Comunidades – A diversidade social no ensino-aprendizagem da Matemática (pp. 9-25). Lisboa: I.I.E. e S.P.C.E..

Moreira, D. (2008). Educação matemática para a sociedade multicultural. Em P. Palhares (coord.). Etnomatemática – Um olhar sobre a diversidade cultural e a aprendizagem da Matemática (pp. 47 – 65). Ribeirão: Edições Húmus.

NCTM (2007). Princípios e normas para a Matemática escolar. Lisboa: APM.

Orey, D. (s.f.). Projeto: a Trilha Matemática de Ouro Preto como ação pedagógica. Retrieved 10 Outubro 2014, from https://sites.google.com/site/trilhadeouorpreto/.

Osborne, J., & Dillon, J. (2007). Research on Learning in Informal Contexts: Advancing the field? International Journal of Science Education, 29(12), 1441–1445. doi:10.1080/09500690701491122.

Onderdonk, P. (1970). Pineapples and Fibonacci numbers. The Fibonacci Quarterly, 8(5), 507-508.

Richardson, K. M. (2004). Desingning math trails for the elemenetary school. Teaching Children Mathematics, 11(1), 8-14.

Rodrigues, A. (2005). Am n n no Não Form l C ên : Imp n Prá de Professores do 1o CEB. Universidade de Aveiro. Retrieved from http://ria.ua.pt/bitstream/10773/1278/1/2005001754.pdf.

Rodrigues, A. (2011). A educação em ciências no Ensino Básico em ambientes integrados de formação. Universidade de Aveiro. Retrieved from https://ria.ua.pt/bitstream/10773/7226/1/5603.pdf.

Santos, A. (2009). S. Tomé e Príncipe: problemas e perspectivas para o seu desenvolvimento. Lisboa: edições colibri.

Shoaf, M., Pollak, H. & Scheider, J. (2004). Math trails. Lexington: COMAP.

UNESCO (2012). Challenges in basic mathematics education. Paris: UNESCO

Publicado

2015-06-30

Cómo citar

Latas, J., & Rodrigues, A. (2015). Trilho da Ciência: Um percurso de Educação Científica na ilha do Príncipe. Revista Latinoamericana De Etnomatemática Perspectivas Socioculturales De La Educación Matemática, 8(2), 53-75. Recuperado a partir de https://revista.etnomatematica.org/index.php/RevLatEm/article/view/178