Os saberes matemáticos em armadilhas dos caçadores Nyaneka-nkhumbi do sul de Angola
Abstract
Resumo
Os conhecimentos matemáticos não são exclusivos da escola. Por exemplo, o grupo étnico Nyaneka-nkhumbi é um dos grupos linguísticos do sul de Angola, com saberes e saberes fazer etnomatemáticos ricos e inéditos. Neste estudo pretendemos contribuir no campo da pesquisa em etnomatemática, para a valorização e divulgação de conhecimentos matemáticos ‘escondidos’ na cultura dos Nyaneka-nkhumbi, em particular, identificar esses conhecimentos matemáticos nas armadilhas deste grupo étnico. Falar de armadilhas é falar do conjunto de instrumentos usados frequentemente pelos caçadores para apanharem presas como pássaros e/ou animais diversos. Baseamo-nos em estudos desenvolvidos por vários autores da linha de pesquisa de Gerdes, D'Ambrósio, Palhares e tantos outros que são apologistas do estudo etnomatemático. As técnicas utilizadas na recolha dos dados foram: observação, entrevistas informais aos praticantes e ex-praticantes de caça, registo fotográfico e notas de campo.
Abstract
Math knowledge and skills are not found exclusively in schools. The Nyaneka-nkhumbi ethnic group is one of the linguistic groups in southern Angola, with rich and unknown ethnomatematics knowledge and know-how. With this study we intend to contribute to the research in ethnomathematics and to the development and dissemination of mathematics knowledge 'hidden' in the culture of Nyaneka-nkhumbi; in particular, we will identify this knowledge in the traps made by this ethnic group. In this context traps are the artifacts often used by hunters to catch prey such as birds and / or various small animals. This paper is based on studies by various authors such as Gerdes, D'Ambrosio, Palhares and many others who are apologists of ethnomathematical studies. The procedures used to collect the data were: direct observation, informal interviews with hunters and former hunters, photographic records and field notes.
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