As atividades culturais e a sala de aula no grupo étnico Herero/Helelo do sul de Angola (subgrupo Mucubal e Muhimba)

Autores

  • Alfredo Capitango de Lúcio Universidad de Nariño
  • Claudia Georgia Sabba Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Etnomatemática, Cultura, Arte e Matemática, Ethnomathematics, culture, Art and Mathematics

Resumo

Resumo

O povo Herero/Helelo do Sul de Angola, ainda hoje, mantém suas tradições vivas no seu dia a dia. Por meio de entrevistas com os mais velhos e visitas ao grupo, bem como estudo das teorias do programa de Etnomatemática de Ubiratan D’Ambrosio é que o estudo se pauta. Foi possível por meio da observação dos subgrupos Mucubais e Himbas aliado à vontade de se manter as raízes do povo, pensar novos modos e maneiras do professor trabalhar saberes da escola de forma contextualizada e próxima a realidade dos grupos. Em especial, a enfâse foi dada pensando nas relações que envolvem a Arte, a Cultura e a Matemática que o professor pode criar e tecer a fim de aproximar a realidade escolar da realidade vivenciada pelos mais jovens. Nesse sentido, a pesquisa se justifica pela necessidade da apreensão de saberes da atualidade e do entorno do grupo, a fim de garantir a sua sobrevivência nos dias atuais sem perder a cultura.

Abstract

The Herero/Helelo  people   of southern Angola, still keep their daily traditions alive . This study is guided through interviews with the elderly, visits to the group and also by the study of theories of  Ubiratan D'Ambrosio’s Ethnomatematics  program.  It was possible through the observation of Mucubais and Himba subgroups allied to urge the preservation of the people’s roots and thinking of new ways and  techniques for teachers to approach school knowledge within a contextualized framework closer to the reality of both groups. In particular, an emphasis was given to thinking about the relations between Art, Culture and  Mathematics that the teacher can create and weave together in order to approach the reality experienced by young people and in the school. In this sense the research is justified by the need to learn about the current knowledge surrounding the group, in order to ensure their survival today without losing the culture.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alfredo Capitango de Lúcio, Universidad de Nariño

Candidato a Doctor en Ciencias de la Educación. Universidad de Granada

Claudia Georgia Sabba, Universidade de São Paulo

Professora Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, Professora do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Práticas Educacionais- Universidade Nove de Julho, PROGEPE/UNINOVE. Líder do Grupo de Pesquisa e Estudos em Educação Matemática – GPEEM-UNINOVE.

Referências

Baranita, I. M. C. (2012). A importância do Jogo no desenvolvimento da Criança. (Relatório de Pesquisa Mestre em Ciências da Educação na especialidade da Educação Especial e domínio Cognitivo e Motor). Escola Superior de Educação Almeida Garrett, Lisboa-Portugal.

D’Ambrosio, U. (2001). Paz, educação matemática e etnomatemática. Teoria e Prática da Educação. disponível em http://etnomatematica.org/articulos/Ambrosio2.pdf.

D’Ambrosio, U. (2005). Etnomatemática: Elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica.

Dias, D., & Costa, C. (2011). Etnomatemático sobre os enfeites das mulheres nyaneka-nkhumbi do Sudoeste de Angola. Conference in The International Conference of New Horizons in Education-2011, Guarda, Portugal

Domite, M. C. (2005). O desafio da educação matemática: da pluralidade aos focos de interesse. (Tese de Livre Docencia). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Brasil.

Estermann, C. (1961). Etnografia do sudoeste de Angola, Vol. 2, 2ª edição. Lisboa: Tipografia Minerva.

Fantinato, M. C. C. B., & Santos, R. K. (2007). Etnomatemática e prática docente na educação de jovens e adultos. Anais do IX ENEM, Belo Horizonte: SBEM

Gerdes, P. (1997). Vivendo a Matemática. Desenhos da África. Brasil: Editora scipione.

Gerdes, P. (1997a). Ethnomathematik dargestellt am Beispiel der Sona Geometrie. Heidelberg: Spektrum Akademischer Verlag.

Gerdes, P. (1997b). Récréations géométriques d´Afrique–Lusona. Paris: L’Harmattan

Gerdes, P. (2003). Vinte cinco años de estudos históricos-etnomatemáticos na África ao Sul do Sahara. LLULL- Revista de investigación de Historia de las Ciencias y de las Técnicas, 26(56), 491-520.

Gerdes, P. (2007). Etnomatemática – Reflexões sobre matemática e diversidade cultural. Ribeirão: Edições Húmus.

Lúcio, C. A. (2004). Reflecções Sobre a Evolução do Conceito de Conjunto. (Tese de Licenciatura em ciências de educação). Universidade Agostinho Neto, Lubango, Angola.

Palhares, P. (Coord.) (2008). Etnomatemática: um olhar sobre a diversidade cultural aprendizagem matemática. Vila Nova de Famalicão: Edições Húmus.

Piaget, J. (1990). A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imitação e representação. Rio de Janeiro: LTC.

Sabba, C. G. (2010). A busca pela aprendizagem além dos limites escolares. São Paulo: FEUSP.

Publicado

2015-06-30

Como Citar

Capitango de Lúcio, A., & Georgia Sabba, C. (2015). As atividades culturais e a sala de aula no grupo étnico Herero/Helelo do sul de Angola (subgrupo Mucubal e Muhimba). Revista Latinoamericana De Etnomatemática, 8(2), 271-298. Recuperado de https://revista.etnomatematica.org/index.php/RevLatEm/article/view/211