AS MULHERES DO BARRO: Um registro etnomatemático das mulheres artesãs de Arraias (Tocantins)
Palavras-chave:
Etnografia, Saberes tradicionais, Conceitos Etnomatemáticos, Etnografía, El conocimiento tradicional, Etnomatemáticos ConceptosResumo
Resumo
Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa de doutorado realizada no Programa de PósGraduação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Trata-se de uma pesquisa etnográfica com duas mulheres artesãs do município de Arraias, estado do Tocantins, últimas representantes deste saber tradicional. As vidas dessas duas senhoras são enredadas numa mesma narrativa, aprenderam o ofício da cerâmica com suas mães, pouco frequentaram a escola e mesmo sem o conhecimento acadêmico matemático desenvolveram uma técnica apurada no preparo das louças revelando conceitos etnomatemáticos, remetendonos a um processo cognitivo em que as proporções estabelecidas entre diferentes objetos cerâmicos ganham uma nova configuração, um novo senso de medida, permitindo propor um diálogo com a universidade estabelecido pela religação de saberes.
Resumen
Este artículo presenta los resultados de una investigación doctoral realizada en el Programa de Graduados de la Facultad de Educación de la Universidad de Brasilia. Se trata de una investigación etnográfica con dos mujeres artesanas del municipio de Arraias, el estado de Tocantins, los últimos representantes de los conocimientos tradicionales. La vida de estos dos damas se enredan en la misma narrativa, aprendieron el arte de la cerámica con sus madres, algunos a la escuela e incluso sin el conocimiento académico matemático desarrollado una técnica depurada en la preparación de los platos que revelan conceptos etnomatemáticos, refiriéndonos a un proceso cognitivo en las proporciones establecidas entre diferentes objetos de cerámica ganar un nuevo entorno, un nuevo sentido de la medida, lo que permite proponer un diálogo con la universidad establecida por la reconexión de conocimiento.
Downloads
Referências
Almeida, M. (2010). Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição. São Paulo: Livraria da Física.
Gerdes, P. (2010). Da etnomatemática a arte-design e matrizes cíclicas. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: Autêntica.
Gerdes, P. (2012). Etnogeometria: cultura e o desperta do pensamento geométrico (2ª ed.). Belo Horizonte/Maputo, Brasil/ Moçambique: Instituto Superior de Tecnologias e Gestão. Acesso em 09 de Dezembro de 2015, disponível em http://www.lulu.com/spotlight/pgerdes
Lévi-Strauss, C. (1976). O Pensamento Selvagem (2ª ed.). (M. C. da Costa e Souza, & A. de Oliveira Aguiar, Trads.) São Paulo, São Paulo, Brasil: Companhia Editora Nacional.
Macedo, R. S. (2012). A Etnopesquisa implicada: pertencimento, criação de saberes e afirmação. Brasília: Liber Livro.
Martins, L. C. (2002). Memória e Meio Ambiente: a experiência das mulheres das Águas. Fonte: I Encontro Associação Nacional de Pós-Graduação e pesquisa em Ambiente e Sociedade- ANPPAS: https://odonto.ufg.br/up/133/0/Leila_Chalub_Martins.pdf
Morin, E. (2009). Educação e Complexidade: os sete saberes e outros ensaios (5 ed.). (E. d. Carvalho, Trad.) São Paulo: Cortez.
Oliveira, R. C. (2000). O trabalho do antropólogo:. São Paulo: Unesp/ Paralelo 15.
Ostrower, F. (1988). A construção do olhar. Em A. Novaes, A. Bosi, F. Aguiar, M. Chauí, O. Arantes, F. Ostrower, . . . M. Kell, O Olhar (pp. 167 - 182). São Paulo, São Paulo, Brasil: Companhia das Letras.
Sá, S. M. (2012). Povos indígenas em afirmação, caminhos etnográficos aprendentes e a compreensão cultural do fênomeno aprender. Em R. S. Macedo, A Etnopesquisa implicada: pertencimento, criação de saberes e afirmação (pp. 75 - 86). Brasília: Liber Livro.
Vergani, T. (1995). Excrementos do sol: a propósito de diversidades culturais. Lisboa: Pandora.
Vergani, T. (2007). Educação Etnomatemática: o que é? Natal : Flecha do Tempo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autoria
Uma vez que o artigo seja aceito pela Revista Latinoamericana de Etnomatemática, os/as autores transferem os direitos de publicar e distribuir o texto eletronicamente, assim como para arquivar e torna-lo acessível online.
Os autores podem distribuir seu próprio material sem a permissão da Revista Latinoamericana de Etnomatemática, mas devem sempre esclarecer que a versão original esta em http://www.revista.etnomatematica.org
Copyright © 2008, Revista Latinoamericana de Etnomatemática. Todo o conteúdo da Revista Latinoamericana de Etnomatemática está disponível sob a Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional e pode ser usado livremente dando crédito aos autores e da revista, conforme é estabelecido por esta licença.